quinta-feira, julho 30

Saudade cruel e crua...

A saudade corre e não pára…
Só existe porque um espaço nos separa,
Os meus olhos começam a lacrimejar,
As lágrimas persistem em correr,
e o fim na minha boca vai encontrar.
Não consigo te esquecer!...
A saudade machuca e destrói…
Faz de mim na solidão um herói…
Procuro uma nova saída,
Nestes trilhos complicados da vida…
Não posso viver assim!
Meu coração não bate, mas canta e chama por ti…
Se fosse pintor tinha-te na minha tela,
Longe a mais linda, a mais bela…
Não sou poeta mas faço poesia,
E tu presente em cada segundo da minha vida…
Procuro palavras que sejam sinónimos de pensamentos,
Que descrevam dores, pesares e lamentos…
Não sou músico nem compositor,
Mas reúno sons para uma sinfonia,
Recordo teu respirar e suspiros de amor,
Quero ser o maestro desta obra de harmonia…
A saudade me consome…
Não deixa que eu seja homem…
Tenho a minha alma de luto…
Passei a ser uma sombra de mim um vulto…
Preciso do teu corpo, da tua presença,
Na poesia procuro meu homicídio
A tua falta é o meu martírio,
Por não te ter a não ser em minha cabeça…
Para estar contigo eu não demoro,
De todas as formas e feitios…
com a força do quanto te adoro,
galopearei montanhas oceanos e rios…
Quero viver o verdadeiro idílio do prazer,
Anseio massajar teu intimo corpo,
A saudade me arrasta para onde te ver,
Para com teu amor possa ser morto…
Com esta saudade imensa…
Que sinto por ti meu amor,
As lágrimas voltam de forma intensa,
E eu sem conseguir conter
O desejo de te querer…
Como a abelha deseja o pólen da flor…
A saudade machuca e não dói,
Não mata mas lentamente me destrói…
A saudade é dona da minha alma,
É ela que destabiliza a minha calma…
Tenho que viver com esta sina…
Com a saudade cruel, companheira e assassina…
Saudade que me invade…
Que me transporta para a ansiedade,
Do querer e não poder…
E nesta agonia assim ter que viver…

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