sexta-feira, julho 31

Emigrante


Emigrante…

O drama começa no pensamento,

Quando se tem de ir ao descobrimento,

Ao encontro do perdido,

Em conquista do desconhecido…

Emigrante que partiste,

Com teu semblante triste…

À procura do sonho teu,

Que teu país não te ofereceu…

Castelos de sonhos que perduram,

Com muralhas de ilusões…

Emigrante a alcunha que te votaram,

As tragédias e as descriminações,

Corroem anos de existência

E te aniquilando lentamente,

E ter de suportar esse título tão honradamente.

Com fé dor e paciência…

Emigrante que serás forasteiro,

Sempre em casa do alheio,

Ter que comer o pão que Satanás amassou,

Esquecer o país que para trás ficou,

Para que a saudade não te vença,

Para que no futuro tenhas a recompensa…

Tu rumaste para terras de França,

Canadá ou Alemanha,

Portugal sempre na lembrança,

Mesmo que estejas na vizinha Espanha…

As músicas portuguesas a todo o tempo,

Com as férias já em planeamento,

Se sente a emoção nos corações,

é este o teu estado natural,

Misturando todas as sensações,

Com a fome de terra de Portugal…

Emigrante tuas férias chegaram,

A tua família em pensamento,

Pede a Deus que te leve em salvamento,

Para que na viajem não haja uma desilusão

A noite cai e o medo aperta,

O cansaço chega e cuidado em alerta,

O desejo de chegar faz despertar,

Para os parentes e amigos abraçar…

Os kilómetros tens de vencer,

Com o coração bastante apertado,

Agora o estrangeiro vais esquecer,

Filho de Portugal abençoado…

As sardinhas assadas e bom vinho,

E o bacalhau acompanhado com grão,

Os rojões à moda do Minho,

E o cozido à portuguesa ora pois então…

Tudo isto tinhas saudades,

Até mesmo do Mar, da Serra, e Cidades,

Deste pequeno mas acolhedor país,

Que neste mês de férias te faz feliz…

Emigrante português,

Volta sempre à tua nação,

Tantos dias de trabalho e um mês,

Para as patuscadas e animação…

Sem comentários:

Enviar um comentário