sábado, agosto 8

Espírito soturno...

Aos zigs zags pela cidade,
E de madrugada quando já era dia.
Vivendo novas personalidades,
Fingindo-se numa nova fantasia…
Correndo de tasco em tasco,
Até a noite se transformar em dia.
Já embriagado e sem rasto
Vivia aquele triste, feliz na utopia
A esposa para além de mulher majestade,
E por ela daria seu peito a um punhal,
Um dia testemunhando a infidelidade
Dispõe asilar-se no álcool fatal…
permuta recordações por cervejas,
para esquecer a imagem da ideia gravada,
da sua mulher que por ele sempre foi desejada,
e agora vista com ódio, fúria e tristezas…
Por um novo corpo ela teve vontade,
Sendo levada pelo pecado do desejo,
Não considerou quem a amava na realidade,
Entregou sua alma sua felicidade ao desprezo…
Aquele homem e frágil mortal,
Sem forças para se reabilitar,
Sem energias para de novo amar…
Perdeu sua auto estima e valor
Ela um dia não soube olhar,
Para a fortuna que era louvada,
Espezinhando e cuspindo no amor,
E por marafona ficou retratada…
E agora aquele limitado ser,
Exíguo dos gozos de viver,
Passando as horas em que está acordado,
Naquela taberna sentado…
Alimentando o vício do corpo implantado,
chorando o tempo mal aplicado,
arrependido de amar sem ter sido amado...


Aqui retrato uma das muitas causas que levam a desgraça do ser humano que por vezes se sente forte mas no fundo muito frágil e capaz de caír de tal forma que nunca mais se levanta do buraco que caío...

1 comentário:

  1. é dos poemas mais tocantes que já li, não sei se é por me ser familiar mas o certo é que está muito bom. adorei
    rosinha,
    aveiro

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