sexta-feira, junho 19

O meu, o teu, o confidente de qualquer um...(MAR)


Junto do mar sentei-me tristemente ,
Olhar o céu pesadamente enevuado.
Interroguei-me e questionei meu pensamento,
O porquê de estar tão angustiado.
Sentado num insólito rochedo,
Naquele imenso areal,
Acompanhado debaixo do pensamento,
Confidensializando com o mar…
Dibulgando meus segredos,
Aquele confidente da natureza,
Falando de aventuras e de medos,
E admirando a sua intensa beleza.
A sua força brutal,
E a capacidade de sua separação,
Separando o bom do mal,
E ouvindo seus lamentos da solidão…
A tua voz divina,
Que sempre me dá alento,
Como o toxicó-independente precisa de heroína,
Eu tenho-te no meu pensamento…
Óh mar meu confidente,
O que fala e nada me diz…
O mais secreto de toda a gente,
O amigo que me ouve e me faz feliz…
Poder refrescar teu corpo ardente,
Que ao sol esteve exposto,
Naquela tarde mais quente
Num dos 30 dias de Agosto.
E tu com as tuas incalculáveis maravilhas,
Nas prefundêzas do oceano,
Tiras a fome a lares de fammílias,
Que anualmente em ti vão labutando…
Gostava de ser o mar…
Não pela sua emensidão!
Mas sim poder te ajudar,
Poder limpar as cabidades teu coração,
Poder ouvir teus lamentos emáguas.
Esconder e ficar com teus gritos,
Nas minhas profundas águas…
Debolver aos parentes aflitos,
aquele corpo que ficou naufragado,
na minha fúria daquela hora,
e ficarem com o irmão querido a seu lado,
para lhe depositar sua sentida memória!...

Como eu gostava de ser o mar...

E tu nunca pensaste em ser grande como ele?...


Poema da autoria do amante marinho, o homem que vê o mar sem ver, que olha nas prefundezas de onde ninguem vio...

Leandro Amador...

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