segunda-feira, janeiro 19

Mulher da vida...

Mulher da vida,
Pelo destino levada,
Na vida está perdida,
E de personalidade apagada.
Com o seu ego em ferida,
Pela solidão abraçada,
Tudo se compromete fazer,
A quem procura seu prazer.
Estas mulheres levadas,
Pelos xulos da sociedade,
Para casas, matas ou estradas,
Com ou sem vontade,
Ao sexo estão disponibilizadas,
E sempre com necessidade,
Mas não podendo escolher,
E a qualquer um dando o que ele quer.
Esta criatura iludida,
Pelos lucros obtidos,
Tornando-se mulher da vida,
Não medindo-as consequências dos seus perigos,
Achando-se uma heroína,
A ver cumpridos seus objectivos,
Mas longe das suas moradas,
E do povo conhecido afastadas.
Algumas sentindo-se rainhas,
Em cabarés, bares, boates,
Exibindo curtas sainhas,
Dando a conhecer sua arte,
Com seus carinhos e festinhas,
A quem do publico jaz parte,
Não os deixando escapar,
Sem para os quartos levar,
É a profissão mais velha do mundo,
Pela mulher praticada,
E dando o seu primeiro mergulho,
Por ela não será deixada,
Por vezes não tem orgulho,
Pelo desemprego foi lançada,
Para a beira daquela estrada,
A mulher da vida,
Com sua moral ferida,
No buraco foi lançada…

Texto de autoria de Leandro Amador.

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