sexta-feira, janeiro 16

Na mesa de um bar...

Naquela mesa do bar,
Por mim ela passou,
Fez a questão de baixar o olhar,
Porque para mim não olhou.
Um dia ela se sentou,
Na mesa em que estou,
Para as mágoas afogar,
No meu ombro veio chorar.
E as lágrimas eu limpei,
Por ela simpatizei,
Com o contacto tive de ficar,
Para um dia de novo falar.
O número digitalizei,
Do outro lado atendeu,
Alguém com quem simpatizei,
Mas que tão bem me recebeu…
Com um alô eu iniciei,
Um olá me falaram,
Pedi perdão se incomodei,
Mas sem resposta não me deixaram…
Perguntaram quem eu queria,
Para ligar naquela hora,
Logo eu descarado diria,
A mulher que no meu ombro chora…
O seu nome Maria,
Mas que a voz eu não reconheci,
Mas com um suspiro diria,
“Sou eu que falo para si…”.
Uma taquicardia me deu,
Quando aquela voz confirmei,
Dirigi o olhar para o céu,
Agradecer a sorte que deus me deu.
Um novo encontro marcamos,
Na mesma mesa do bar,
De novo falamos,
E do passado ficamos a recordar…
Os meus olhos por ela brilhavam,
Um sorriso nela esboçado,
Os corações por nós falando,
E eu por ela loucamente apaixonado…
A mão dela peguei,
Um pequeno beijo eu dei,
Com meu corpo a tremer,
E aquela voz meiga escutei,
Sabes que estás a fazer?
Disse que sim, sem certeza,
Mas com aquela beleza,
Nunca me iria arrepender.
Uma menina linda por fora,
Bela no seu interior,
Mulher que qualquer homem adora,
Mulher com grande perfil sedutor…
Por minutos nos olhamos,
E naquele fervor,
Intimamente nos abraçamos,
E ficamos perdidos pelo amor…
Dois corpos perdidos,
E ambos de corações feridos,
Debaixo de um céu estrelado,
Ficaram pelo amor entrelaçados,
Como dois alegres passarinhos,
Numa primavera a surgir,
Num encanto de beijinhos,
E o novo amor a florir
O amor é uma chama,
Que se acende por rastilho,
Só o sente quem ama, e que todo o apaixonado tem como castigo.

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